sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um leve descanço.


Após a tempestade se instala a bonança e talvez essa seja um frase contraditória a tempestade veio e se instalou por uma longa tempora e a bonança meus caros ainda não apareceu.
Foram dias escuros com quedas sem direito a erguer-me,tive lápsos de mémoria que me fizeram viver e o caminho se iluminava temporariamente mas a sensação era de ter milhares de armas apontadas para mim em tempo integral e tive vontade de que alguma delas puxasse o gatilho aquele ato resolveria o meu problema mas fui mais forte e descidi me erguer.Tomei um banho e parti rumo a praça dos sonhos no centro da cidade,na verdade o nome da praça não é esse mas pra mim aquela é a praça dos sonhos onde perco a noção da hora e jogo tudo fora.O lugar onde me perco nos meus sonhos deitada na grama a sombra de um gigante baubá, observo a luz penetrar por entre os galhos ouvindo o canto do vento e fiz de conta que o mundo era irreal e a perfeição estava ali parada diante de mim como a melodia de um piano ao som de pássaros viajei para um outro lugar seguindo uma doce voz e fechei meus olhos,sonhei,corri e rompi meus laços com a realidade e por um momento me senti plena,leve,sem medo.
Na bagunça dos meus pensamentos me perdi ao lembrar-me de ti,pensamento sagrado,divino e belo ao som da doce voz do poeta Chico Buarque embarquei nos teus olhos e fui ao fundo de tua alma a sua lembrança dentro de mim está tão viva quanto eu, ela faz com que meu coração bata com força o bastante para levar sangue para o meu mirrado corpo.
Quando despertei da lembrança escrita e criada por mim já era fim de tarde e o vento soprava frio, senti-me em um livro de época que se passava em Londres alí em baixo daquela árvore já era pôr-de -sol e a luz iluminava o caminho que eu deveria seguir,apartir dalí refiz meus passos caminhei pela ponde observando as cores do céu pensei em Deus e na plenitude a qual recebera naquele pouco momento.
Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentadoOu você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança Venha, meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogoVenha se queimarFaça como eu digoFaça como eu façoAja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempo Vim de não sei ondeDevagar é que não se vai longe Eu semeio o ventoNa minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestadeChico Buarque
Foto:-MáMi-(Eu)

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