terça-feira, 7 de julho de 2009

Diz-me.



Digam-me o porque deste existir maldito,são 05:18am e encontro-me aqui numa madrugada fria sentada nesta cadeira em frente a esta tela de computador,agora o sono já me bate mas,antes disto li e reli várias coisas,conversei com velhos amigos desejando ver a outros.Minha cabeça se faz presente aqui bem acima do meu pescoço onde ela deve estar mas por outro lado a minha mente vaga por aí,procurando entender tantas coisas.As vezes só gostaria de caminhar por uma estrada vazia sob um sol frio de um começo de manhã ou um fim de tarde com a cabeça leve e o vento passando contra o meu corpo sentindo-me leve,livre,lunática!Sim é isso o que sou lunática,não hà outra definição para alguém como eu,meus corpo está aqui mas a mente vaga por aí,tento entender tantas atitudes tomadas por terceiros,quartos,quintos sejam lá quantos forem.A mente humana mastiga meu corpo,juízo e ouvidos,meu raciocínio é sempre quebrado por conta da realidade,por que a realidade não pode ser a dos meus pensamentos?Tudo seria mais bonito e eu viajaria té o infinito em busca de algo novo pra divertir aqueles a quem amo.Trocaria este paraíso e toda a eternidade de meus pensamentos por um dia realmente feliz,apenas um dia.Sinto-me velha,sem forças,não existem mais esperanças em mim,aliás a luz ainda não se apagou por inteiro uma pequena faísca continua acesa,existem horas as quais a chama aumenta pouco a pouco mas não adianta muito, logo em seguida ela volta a diminuir até que só me resta um pequeno risco uma minúscula chama.Não importa o quão quente esteja o dia aqui em mim tudo continua frio,minhas mãos são sempre geladas e meus olhos tentam esconder a tristeza que esta alma carrega,minhas palavras saem de mim tremulas e um fio de voz poem-se a sair da minha garganta.Tento viver todos os dias mas continua difícil,digam-me o que fazer para ser feliz,digam-me o que fazer para ter um pouco de amor.A estrada está bem na minha frente e não consigo seguir em frente ou voltar mantenho-me aqui no chão,deitada,inérte a qualquer coisa.Tento ouvir a voz em mim,tento fazer com que o vento me ensine a voa ou talvez me diga como levantar porque não hà condições nem forças para que eu me mova.Permaneço aqui,perto e longe de mim.

Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada- Fernando Pessoa

Diz-me o porquê dessa canção tão triste Que me diz não vir de ninguém De certo alguma coisa tu pediste a essa voz Que tu não sabes de onde vem
Diz-me o porquê dessa canção tão triste me fazer sentir tão bem De certo alguma coisa mais te disse a mesma voz Que tu não dizes a ninguém
Eu sei que tudo ser em vão é triste Como é triste um homem morrer Pergunta à voz se essa canção existe E se ela não souber ninguém mais vai saber
Diz-me o porque dessa canção tão triste me fazer sentir tão bem De certo eu ouço a voz que tu ouviste Talvez tu sabes de onde vem
Foge Foge Bandido novo projecto de Manuel Cruz

Fonte fotográfica(olhares.com)

Foto feita pôr:Daniel Camacho

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