quinta-feira, 18 de junho de 2009

A reclusão.


Um sentimento recluso é isso oque eu sinto,talvez reclusão não seja o melhor dos sentimentos mas sinto-me acuada,imprenssada numa parede de uma rua sem saída,posso ver o céu mas ele continua com nuvens escuras.Desta rua sem saída eu olho pra cima e o mundo e milhares de possibilidades giram em torno da minha cabeça mas ninguém pode ver a rua,a parede a qual estou imprenssada ou todas as possibilidades que giram em torno de mim.
Tento fugir de tal situação a um bom tempo e as vezes as paredes da rua simplesmente se dicipam e tudo fica tão claro e sobe em mim uma euforia incontrolável então a noite vem e as paredes se erguem novamente.É um ciclo vicioso,sou totalmente ambivalente e não sei se pulo este muro e vejo oque tem do outro lado ou se continuo reclusa no canto da parede e então me desfaço em pedaçoes esperando que alguém me faça derrubar estes muros que me cercam e colem os pedaços de mim.Tento acreditar em mim mas não dá,a quem eu quero enganar,já me enganei tanto que agora não é mais possivel o cenário imaginário da minha vida foi fechado e agora só me resta a dura realidade.Possuo um medo absurdo da loucura mas ao mesmo tempo um fascínio incrível,não me importa opniões alheias meu coração quebrado comanda tudo talvez ele seja tão racional quanto a minha própria racionalidade ele só precisa ser aberto ou ser regado mas está tão recluído que não tem coragem de exalar o que sente.Então você continua aí e eu aqui,você na sua vida e eu na minha abstrata apenas a sonhar com oque aconteceria se eu contesse os meus sentimentos mas é que já faz tanto tempo que eles se fazem guardados aqui e eu achei que conseguiria segurar por muito mais tempo,meu Deus,quanto engano!O quão ingênua eu sou,sentimentos não esperam e pessoas também não,então desculpe-me por não falar-lhe a real verdade dos fatos mas é que é tão difícil pensar em falar,talvez você mude,talvez não.Não posso saber se não tentar mas o medo de tentar me domína assim eu me consumo cada dia,cada hora,cada segundo que se passa.Recluindo-me no canto da parede consigo enganar-te tão bem que nem percebes a realidade.Eu grito te amo desesperadamente mas você não é capaz de perceber.
As recordações exauriram-se e o que não se dissolvera .... estava definitivamente recluído no porão do inconsciente” (Maria Julieta Drummond de Andrade, O Valor da Vida, p. 224).

Nenhum comentário:

Postar um comentário